domingo, 21 de novembro de 2010

Fogo

Nem toda boca fala
ou se cala
Entre os dentes e o porém
há omissão,
do fato;
retrato
da inconstância,
do prato
sem feijão
Nem toda boca sorri 
ou separa
a língua do pulmão;
o sorriso que respira o tempo
que cada um conta,
ou não
Dez dedos, dez minutos, 
uma mão
rumo ao futuro de outra mão
Todo o conjunto
é junto
assim por ter calor
Toda imagem é o reflexo da alma,
toda alma é o reflexo do amor

Iara Moura